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ZIMA: da Poli-USP para o HU, um grupo de extensão que transforma inovação em impacto social

  • Felipe Yamada
  • 15 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 27 de out.

Publicado em 15 de outubro de 2025 • Leitura: 3 minutos


Índice

Da Iniciação Científica ao Grupo de Extensão

Criada oficialmente em 2021, a ZIMA Soluções Hospitalares é hoje um dos promissores grupos de extensão da Escola Politécnica da USP. O que começou como uma iniciação científica em 2019, sob a orientação do Professor Leopoldo Yoshioka, tornou-se um laboratório vivo de inovação em engenharia biomédica, com soluções que já transformam a rotina do Hospital Universitário da USP (HU).

A ideia inicial era desenvolver, dentro da Poli, um robô autônomo inspirado em modelos utilizados pela Amazon. Com a chegada da pandemia, em 2020, o projeto tomou outro rumo: a convite de um professor do HU, o robô foi adaptado para transportar exames e materiais contaminados pelo COVID-19, reduzindo o risco de contágio entre profissionais de saúde. Essa iniciativa se tornou o primeiro projeto do grupo e foi apoiado pelo edital emergencial dos Amigos da Poli, que visava apoiar projetos com o objetivo de combater e mitigar os efeitos da COVID-19.

Nos anos seguintes, os resultados se multiplicaram. Em 2021, novos projetos em fisioterapia e automação de farmácia foram contemplados pelo Edital de Projetos dos Amigos da Poli. Ainda no fim daquele ano, nascia formalmente o ZIMA, que em 2022 se institucionalizou como grupo de extensão focado em desenvolver tecnologia para solucionar problemas e melhorar processos na saúde. Desde então, segue orientado por três pilares:

  • Conhecimento em livre acesso, com códigos e resultados disponibilizados para a comunidade;
  • Aprendizado e experiência, sem exigir conhecimentos prévios, mas incentivando o crescimento técnico e em habilidades interpessoais;
  • Soluções viáveis, acessíveis e de baixo custo, especialmente voltadas às demandas do HU.

Apoiado pelos Amigos da Poli, o ZIMA recebeu recursos para infraestrutura, equipamentos e materiais. O reconhecimento veio em 2022, quando a equipe conquistou o 2º lugar no prêmio de melhores histórias de impacto do Coquetel de Resultados do endowment.

O grupo chega a 2025 com 51 membros ativos, liderados pelo capitão de projetos Jobel e pela capitã de pessoas Raquel, além de coordenadores de robótica (eletrônica, mecânica e computação) e comunicação, todos alunos da Escola Politécnica da USP.

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Os projetos que estão mudando o HU

Hoje, o ZIMA desenvolve soluções a partir de demandas reais do Hospital Universitário:

  1. HemaBot  robô autônomo hospitalar, evolução do projeto inicial, capaz de transportar amostras de sangue e bolsas de transfusão por todo o hospital. Do hardware às placas e ao software, tudo foi desenvolvido pelo grupo, garantindo possibilidade de replicação em outras instituições.
  2. GolgiBot — automação de farmácia. O robô retira medicamentos do armário conforme a prescrição médica, liberando até duas horas diárias de trabalho de um profissional de enfermagem na farmácia do hospital. Enquanto hospitais privados já utilizam soluções semelhantes, o GolgiBot busca ser a versão de baixo custo para o HU. A fase de testes começa em dezembro.
  3. Cicloergômetro — equipamento de fisioterapia que simula movimentos de pedalada, adaptável ao quarto do paciente. Ele ajusta resistências conforme a evolução clínica e envia dados de força e velocidade para a nuvem, permitindo análises detalhadas por fisioterapeutas. A entrega está prevista para outubro de 2025.
  4. Andador — protótipo em desenvolvimento para auxiliar pacientes a levantar e sentar dos leitos nos hospitais, reduzindo os riscos de lesões em cuidadores e enfermeiros.

Além dos projetos aplicados, o ZIMA também fomenta pesquisas de iniciação científica na Poli, consolidando-se como um polo de aprendizado e inovação.
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Futuro

O grupo agora se prepara para expandir sua atuação a outros hospitais e universidades, além de trabalhar na proteção de patentes de seus projetos. O objetivo é consolidar o ZIMA como referência em engenharia biomédica na USP e manter o compromisso de levar tecnologia acessível e de impacto direto para a sociedade.
 
 
 

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